segunda-feira, 27 de julho de 2015

Tecnologias X boa-educação

Estive cozinhando este texto há mais de um mês, mas quem foi no nosso seminário acho que vai entender o que escrevi 
Sou da época em que o telefone era de manivela e as ligações eram feitas via telefonista. E também de uma época que não tinha televisão em casa e as vezes tinha muita inveja das minhas amigas que moravam no centro da localidade e que a tinham.

Sou de uma época em que se dava lugar para uma pessoa mais velha sentar, onde se cumprimentava na chegada ou na saída dos lugares, onde se agradecia tudo que se recebia desde um favor,  a algo de comer ou outro presente, a não pegar nada sem pedir autorização, a pedir licença ao querer passar em algum lugar, a pelo menos experimentar toda e qualquer comida...

Estas épocas passaram, as tecnologias chegaram, as mães passaram a trabalhar fora e a educação foi relegada a um segundo plano.

Eu tenho muita pena das crianças, adolescentes que estão sendo criadas com todo tipo de parafernália de tecnologia, mas não recebem mais nenhuma gota de atenção, de amor, de educação e até de repreensão.

Os telefones estão cada vez mais modernos e em vez de aproximar como era antigamente,  em que se ligava para marcar visitas, estão afastando cada vez mais as pessoas. Nem um almoço mais pode ser feito em paz sem responder uma mensagem, mandar um watsap. As pessoas estão sentadas a mesa, se ainda sentarem, e cada uma com um celular do lado. A toda hora dá um sinal que entrou mensagem disso, mensagem daquilo, wats daquilo, wats do grupo e sei eu lá do que mais.

Se a pessoa não tiver wats, último tipo de celular,  ela é um ser de outro planeta. Mas a maioria das pessoas não se dá conta do quanto que isso tudo é prejudicial. Sem contar os fones de ouvido e com música o dia inteiro sendo bombardeada para dentro dos cérebros.

As pessoas, ao estarem tão conectadas não estão mais vendo o que os filhos aprontam, e estes, coitados, cada vez com menos educação, sem noção de limites porque não há mais alguém  que ensine isso.

As pessoas estão tão conectadas que mães estão com filhinhos pequenos no colo e em vez de conversar com eles, cantarolar alguma música, contar uma história, explicar sobre o mundo ao seu redor, estão com o celular na mão e vá curtindo, mandando, recebendo e os pobrezinhos sem terem direito a adquirir esta linguagem tão necessária no futuro para serem pessoas equilibradas, de bem e preparadas para a vida.

Outro problema das tecnologias, é que os pais muito cedo compram estas parafernálias todas para que não tenham trabalho em educar, responder, repreender. Afinal isso dá trabalho.

Um outro problema muito sério que vejo nestas tecnologias todas,  é que nas rodas de conversa, quando ainda há, não se pede mais licença para atender o celular porque ele toca praticamente o tempo todo. E onde fica a qualidade de uma boa conversa?

Alguns me dizem: - Isso é o preço do progresso! Não gente! Isso não é o preço do progresso, isso é algo mais profundo tipo: família, educação, limites não são mais necessários. As consequências? Cada vez mais crianças tomando Ritalina entre outros medicamentos, pessoas depressivas, suicídios e famílias desestruturadas.

Já devem estar pensando: - Que mulher doida! Como pode viver sem tecnologias? Eu vos digo: - Vivo e convivo muito bem com a tecnologia. Mas para mim há um limite: - A tecnologia deve me servir e não eu a tecnologia.

Experimentem pensar sobre tudo isso e vejam quem está com a razão: os dia e noite conectados ou os que sabem usar as tecnologias de forma a que sejam úteis e não que escravizem o ser humano?

Que Deus-Pai, o Mestre Jesus nos deem sabedoria para sabermos usar as tecnologias de forma saudável e de forma a elas não serem um empecilho para nossa evolução na presente encarnação.
                                   Que assim seja!
Este texto pode ser copiado parcialmente ou totalmente para fins educativos!


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