Que triste hábito que temos em julgar os irmãos de
jornada.
Nós não lhe sabemos o peso total do fardo, mesmo assim
opinamos, julgamos e achamos que o outro não faz o suficiente para sair da
situação.
Muitas vezes observamos calados e não fizemos nada. A
indiferença também será cobrada de cada um de nós na derradeira hora de partir
para a pátria espiritual.
No dia-a-dia sempre me pergunto: - O que faço é o
suficiente ou estou a fazer demais e não deixo o outro aprender, crescer?
Nossos
julgamentos na maioria das vezes são descabidos e o outro realmente está
impotente perante a situação que se lhe apresenta. Às vezes é um marido, uma
esposa alcoólatra, um cônjuge viciado em pornografia, um familiar envolvido em
drogas pesadas, roubos, adultério de toda espécie... E nós a emitir opinião sem
saber o que realmente o outro está passando.
Muitos cometem o suicídio por não aguentarem o peso do
julgamento ou por não verem mais saída.
E nós, quando estamos bem podemos fazer tantas
coisas... Deus dá tantos dons a cada um... Se cada um colocasse pelo menos
algum dos dons a serviço do próximo tudo ficaria mais fácil...
Em vez de ficarmos a julgar a inércia do outro, tentar ajudar com palavras, ações, orações.
Ao vermos crianças passando fome, podemos verificar de
que maneira podemos ajudar a resolver isso. As vezes as pessoas não sabem, ou
tem vergonha de se dirigir a um serviço social e a necessidade batendo a porta.
As vezes vemos todos os dias a família sendo expulsa
de casa por um chefe alcoólatra. Alguns dizem: - Não vou me envolver, depois
fazem as pazes e eu passo de ruim na história. Mas gente! Hoje em dia é tão fácil ajudar: Dá para ligar para uma
autoridade competente que trata das famílias, ligar para a Brigada... Com o
passar do tempo haverá mudanças, nem que seja a força de uma internação, da
perda da guarda de filhos, as vezes
muito amados por um dos genitores...
Deus meu! Há muita coisa a fazer. Dê-nos sabedoria
para reconhecer as dificuldades dos nossos irmãos de jornada e a capacidade de
calar os julgamentos já que eles só prejudicam e não ajudam em nada.
Que o Mestre-Jesus nos lembre todos os dias a máxima
que nos ensinou quando passou aqui na terra: "Não faça aos outros o que não
queres para ti e antes de ver o cisco no olho do outro, possa ver a trave que
há no meu."
Que
assim seja!
Este texto pode ser copiado parcialmente ou totalmente para fins educativos!
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