Estive cozinhando este texto há mais de um mês, mas quem foi no nosso seminário acho que vai entender o que escrevi
Sou da época
em que o telefone era de manivela e as ligações eram feitas via telefonista. E
também de uma época que não tinha televisão em casa e as vezes tinha muita
inveja das minhas amigas que moravam no centro da localidade e que a tinham.
Sou de uma
época em que se dava lugar para uma pessoa mais velha sentar, onde se cumprimentava
na chegada ou na saída dos lugares, onde se agradecia tudo que se recebia desde
um favor, a algo de comer ou outro presente, a não pegar nada sem pedir
autorização, a pedir licença ao querer passar em algum lugar, a pelo menos
experimentar toda e qualquer comida...
Estas épocas
passaram, as tecnologias chegaram, as mães passaram a trabalhar fora e a
educação foi relegada a um segundo plano.
Eu tenho muita
pena das crianças, adolescentes que estão sendo criadas com todo tipo de
parafernália de tecnologia, mas não recebem mais nenhuma gota de atenção, de
amor, de educação e até de repreensão.
Os telefones
estão cada vez mais modernos e em vez de aproximar como era antigamente, em que se ligava para marcar visitas, estão
afastando cada vez mais as pessoas. Nem um almoço mais pode ser feito em paz
sem responder uma mensagem, mandar um watsap. As pessoas estão sentadas a mesa,
se ainda sentarem, e cada uma com um celular do lado. A toda hora dá um sinal
que entrou mensagem disso, mensagem daquilo, wats daquilo, wats do grupo e sei
eu lá do que mais.
Se a pessoa
não tiver wats, último tipo de celular,
ela é um ser de outro planeta. Mas a maioria das pessoas não se dá conta
do quanto que isso tudo é prejudicial. Sem contar os fones de ouvido e com
música o dia inteiro sendo bombardeada para dentro dos cérebros.
As pessoas, ao
estarem tão conectadas não estão mais vendo o que os filhos aprontam, e estes,
coitados, cada vez com menos educação, sem noção de limites porque não há mais
alguém que ensine isso.
As pessoas
estão tão conectadas que mães estão com filhinhos pequenos no colo e em vez de
conversar com eles, cantarolar alguma música, contar uma história, explicar
sobre o mundo ao seu redor, estão com o celular na mão e vá curtindo, mandando,
recebendo e os pobrezinhos sem terem direito a adquirir esta linguagem tão
necessária no futuro para serem pessoas equilibradas, de bem e preparadas para
a vida.
Outro problema
das tecnologias, é que os pais muito cedo compram estas parafernálias todas
para que não tenham trabalho em educar, responder, repreender. Afinal isso dá
trabalho.
Um outro
problema muito sério que vejo nestas tecnologias todas, é que nas rodas de conversa, quando ainda há,
não se pede mais licença para atender o celular porque ele toca praticamente o
tempo todo. E onde fica a qualidade de uma boa conversa?
Alguns me
dizem: - Isso é o preço do progresso! Não gente! Isso não é o preço do
progresso, isso é algo mais profundo tipo: família, educação, limites não são
mais necessários. As consequências? Cada vez mais crianças tomando Ritalina
entre outros medicamentos, pessoas depressivas, suicídios e famílias
desestruturadas.
Já devem estar
pensando: - Que mulher doida! Como pode viver sem tecnologias? Eu vos digo: -
Vivo e convivo muito bem com a tecnologia. Mas para mim há um limite: - A
tecnologia deve me servir e não eu a tecnologia.
Experimentem
pensar sobre tudo isso e vejam quem está com a razão: os dia e noite
conectados ou os que sabem usar as tecnologias de forma a que sejam úteis e não
que escravizem o ser humano?
Que Deus-Pai,
o Mestre Jesus nos deem sabedoria para sabermos usar as tecnologias de forma
saudável e de forma a elas não serem um empecilho para nossa evolução na
presente encarnação.
Que assim
seja!
Este texto pode ser copiado parcialmente ou totalmente para fins educativos!