domingo, 29 de outubro de 2017

Finados - um pouco da nossa história.


Novamente finados, dia de homenagear quem partiu.

Não seria melhor homenagear enquanto estamos aqui juntos?

Não seria melhor dar o abraço de feliz aniversário no dia da data natalícia em vez de perder tempo com coisas inúteis como redes sociais, jornais com notícias trágicas, compra de roupas para ocupar nossos espaços no armário e o vazio das nossas almas?

Tive o privilégio de cuidar dos meus pais. Moraram um bom tempo numa casa nova,  só deles,  nos fundos da nossa.

Depois moraram dentro da nossa casa nova.

Nossas filhas curtiram cada ensinamento e hoje ainda dão risadas de coisas que aconteceram: Lamber o prato junto com o vô Menno para a vó Elsa não xingar, desobedecer,  não levando sombrinha e fatalmente tomar aquele banho de chuva,  não levar casaco e passar aquele frio, porque a velha Elsa sabia o que estava recomendando...

Oferecer doces, comida,  para as visitas como era hábito na casa dos meus avós...

Eles foram muito homenageados em vida.

Meus 4 irmãos sempre que tinham uma folga,  vinham a nossa casa.

A Edela trazendo alguma comida gostosa que sobrara no restaurante do neto Marcos, o Nestor sempre preocupado em facilitar a vida deles como no dia em que inventou uma bengala com imã na ponta para a mãe poder ajuntar mais facilmente as agulhas que caiam no chão, a Hildegard sempre trazendo flores para alegrar-lhes a vida e o mano Frederico vindo contar histórias de mercado, dos filhos e trazendo linguiça para comerem no café da tarde.

Hoje,  sempre que faço rosca,  lembro do quanto meus pais gostavam de comê-la.

E assim, amorosamente,  todos que os conheciam,  os homenageavam de alguma forma.

E quando partiram, restou a saudade e a certeza do dever cumprido porque foram amados, cuidados, levados para passear e não fizemos mais,  porque as vezes não verbalizavam seus desejos.

E é assim que penso que deve ser a vida.

No dia de finados, uma oração, um túmulo limpo (se tiverem), a gratidão por tudo que ensinaram.

Nenhum choro de arrependimento, nenhum “se tivesse”...

Que Deus-Pai guarde todos com seu imenso amor.

Que nossos queridos que já partiram,  possam sentir nosso amor e que estejam bem.

Que Jesus, nosso Mestre e modelo,  inspirem à todos para tratarem bem seus entes queridos hoje e sempre.

Que assim seja!

Este texto pode ser copiado parcialmente ou integralmente para fins educativos!

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